terça-feira, 19 de junho de 2012

Estudo do NREL sobre as emissões dos vários tipos de energia

Nenhuma forma de energia emite realmente zero emissões e esse é um tópico muitas vezes esquecido pelos defensores e outras vezes exagerado pelos críticos.

É preciso uma grande quantidade de energia - muitas vezes proveniente da queima do carvão - para testar, construir, instalar e desmantelar fontes de energia renovável. Mas na realidade, o que interessa são as emissões destas energias durante todo o seu ciclo de vida (desde à produção ao desmantelamento) comparativamente com as várias formas de energia fóssil nesse mesmo período.

O Laboratório Nacional de Energia Renovável (National Renewable Energy Laboratory, NREL), do Departamento da Energia dos EUA, divulgou este mês um estudo estatístico que permite aos leitores comparar e melhor compreender as implicações das emissões para futuras licenças de projectos e os impactos ambientais inerentes.

Algumas conclusões tiradas deste estudo:
- As emissões de gases de estufa de um projecto solar equivale a 5% de uma central a carvão;
- As energias solar e eólica têm sensivelmente a mesma quantidade de emissões;
- A energia nuclear tem uma taxa de potência próximo das energias renováveis;
- Apesar de não estar incluído no estudo, o NREL assume que o gás natural emite próximo de metade do que emite uma central a carvão (por kWh);

Para obter estes valores (em gramas de CO2 emitido por kWh de electricidade gerada), os investigadores deste centro fizeram análises a modelações de mais de 2000 casos de estudo das diversas energias (biomassa, solar, geotermia, hídrica, oceanos, eólica, nuclear, gás natural e carvão) tendo depois criado uma base de dados para permitir aos utilizadores fazerem comparações.

“Enquanto sociedade, precisamos de melhor compreender quais os efeitos das nossas escolhas energéticas. Gases de estufa e as alterações climáticas fazem parte da discussão. Para planearmos o nosso futuro a nível de energia é preciso ter uma imagem precisa de como vai ser feita essa transição. Esta metodologia permite tomar decisões com maior precisão, de forma a se poder afirmar que uma dada tecnologia é melhor que outra" > Garvin Heath, cientista no NREL e líder deste projecto.

Notícia original
Página do NREL com os estudos completos
Editorial no suplemento especial de Maio do Jornal de Ecologia Industrial

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