Publicado em 04 de Maio de 2013.
Numa época em que cresce a necessidade de encontrar alternativas aos aterros sanitários e de reduzir a produção de lixo no mundo, Oslo, capital da Noruega, está a atravessar um problema invulgar com o seu lixo: ele não existe em quantidade suficiente.
Alguns países do norte da Europa tornaram-se nos principais mercados de produção de energia a partir do lixo, trocando os tradicionais aterros sanitários por incineradoras produtoras de energia. A Noruega é uma entusiasta desta alternativa – quase metade da capital e muitas das suas escolas são aquecidas a partir de lixo queimado. Acontece, no entanto, que este combustível está a deixar de existir.
O Hafslund Group, uma empresa de energia norueguesa que produz e distribui aquecimento na cidade de Oslo, anuncia no seu site que “o objectivo é substituir todos os combustíveis fósseis para os picos de carga em 2016”. O output de energia actual nas suas instalações é de 1.5 TWh – o suficiente para aquecer 150 mil casas.
De modo a colmatar este problema, a Noruega prepara-se para importar lixo de lugares tão distantes como os Estados Unidos, uma vez que o transporte marítimo é relativamente barato. De acordo com a Time, esta tendência estende-se a outras nações – a Áustria e a Alemanha também planeiam construir mais fábricas de incineração de lixo. A Suécia tem igualmente intenções de importar anualmente 800 mil toneladas de resíduos do resto da Europa, de modo a manter a sua produção de energia de forma eficiente.
Certos grupos ambientalistas, no entanto, acham que esta dependência do lixo é apenas uma solução a curto prazo para as metas ambientais. “Há uma pressão para se produzir mais e mais resíduos desde que existe este limite de capacidade”, disse Lars Haltbrekken, presidente do grupo ambientalista mais antigo da Noruega.
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