domingo, 26 de maio de 2013

Torres Vedras pode tornar-se autossustentável em 2015


"19-05-2013

O concelho de Torres Vedras, onde residem 80 mil pessoas, produz mais de metade da eletricidade que consome e pode tornar-se autossustentável em 2015, devido à existência de fontes de energia renováveis.

Dados da Direção Geral de Energia e Geologia (DGEG), disponibilizados pela autarquia, revelam que as várias fontes renováveis existentes no concelho já contribuem com a produção de 250 gigawatts (GW) para as necessidades anuais de consumo, que são de 336 GW.


Para além da entrada em funcionamento de uma central de gás natural, a força dos ventos permitiu a fixação de nove parques eólicos, com uma capacidade instalada de 116 megawatts (MW).

A autarquia tem adotado políticas de eficiência energética, como a instalação de 15 painéis fotovoltaicos nos edifícios públicos. «Hoje conseguimos uma redução de 20 por cento na fatura total da eletricidade consumida pelo município, que por ano para 1,2 milhões de euros», segundo Carlos Bernardes, vice-presidente da câmara e também vereador com o pelouro do Ambiente.

A substituição da iluminação pública convencional por lâmpadas de baixo consumo, o incentivo aos particulares para aderirem à microgeração e ao veículo elétrico e a criação de uma rede de bicicletas públicas gratuitas na cidade, a inaugurar em junho, são outras das medidas levadas a cabo pelo município.

No concelho com a maior área do distrito de Lisboa, em empresas e habitações, existem cerca de 330 sistemas instalados com uma potência equivalente a uma torre eólica de 1MW, capaz de abastecer um aglomerado populacional com 500 moradias.

As políticas municipais de eficiência energética contribuíram também para a instalação de empresas ligadas às renováveis no concelho, onde se localiza a única fábrica de produção de painéis fotovoltaicos do país, da multinacional espanhola Eurener, e uma outra empresa que fabrica componentes tecnológicos para transformar o hidrogénio em combustível.

A meta da eficiência energética deverá ser alcançada «tendo em conta as enormes potencialidades em energias renováveis» que existem na região, disse João Bernardo, diretor do departamento das renováveis da DGEG.

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